segunda-feira, 9 de agosto de 2010

O puxa-saco em todo lugar

Veja que o verbo bajular tem sua origem do latim que vem de"bajulare", carregar às costas, significando lisonjear. É um verbo comum a todos os idiomas. Mesmo nosso grande escritor Machado de Assis usou o verbo bajular em uma de suas obras "A Semana":
"Não haveria partido que me atacasse, que me espiasse, que me caluniasse, nem partido que me bajulasse, que me beijasse os pés". 

A língua portuguesa falada no Brasil se enriquceu, fez com que o verbo bajular gerasse outros sinônimos como: corta-jaca. O termo foi inserido na música de Chiquinha Gonzaga, "Corta-Jaca/ O Gaúcho, composta em 1897.

É, o puxa-saco não está apenas abaixo das pernas do chefe ou do professor, ele tem história.
O termo "chaleira" também apareceu para descrever esse sujeito que vive de lisonjeios alheios. Esse termo tem origem nordestina. Agora pense: quantos outros sinônimos se espalham pelo país? A fama dos baba ovos é tanta que eles têm um dia criado especificamente para eles: 13 de setembro, dia do puxa-saco.

Confira a marchinha de carnaval "O cordão dos puxa-sacos" de Eratóstenes Frazão e Roberto Martins:

- "Iaiá me deixa subir essa ladeira
Eu sou do bloco. mas não pego na
[chaleira! (Bis)
Lá vem o cordão dos puxa-sacos
Dando viva aos seus maiorais
Quem tá na frente é passado para trás
E o cordão dos puxa-sacos cada vez aumenta
[mais.
Vossa Excelência, Vossa Eminência
Quanta reverência nos cordões eleitorais
Mas se o doutor cair do galho e for ao chão
A turma toda evolui de opinião.
E o cordão dos puxa-sacos cada vez aumenta
[mais!"

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